INTRODUÇÃO
OBJETIVOS

WE.CON  

 

INSCRIÇÕES

PROGRAMAÇÃO

PALESTRANTES

PARTICIPANTES

CONFERENCIA VIRTUAL

CONFERENCIAS LOCAIS

ORGANIZADORES

APOIADORES

CONSELHO

COMITÊ EXECUTIVO

CONTATO
 

ANTECEDENTES

VIDEO CHANNEL

 

 

PALESTRANTE

Dalila Lubiana

Tema da Palestra
Novas Trajetórias: Penitenciária Feminina do Espírito Santo.
 

Sinopse:
Trabalho desenvolvido  na Penitenciária Feminina do Espírito Santo por mais de dez anos, coordenado por Dalila. O Projeto Educação para a Paz, Cidadania e Diretitos Humanos no Presídio, teve início em 1998 com o seminário "A arte de viver em paz" com 12 horas de duração e complementado por outras dinâmicas, como: meditação, relaxamento, posturas de ioga, vídeos educativos, jogos cooperativos, psicodramas e muitas outras vivências em grupo. A iniciativa foi capaz de mudar a vida de inúmeras detentas, aliviando-lhes o estresse e trazendo-lhes autorespeito paz, autoestima e convívio social mais harmonioso. Isso tudo propiciou a cada uma das apenadas uma nova visão de mundo, o que pode ser observado nos inúmeros relatos,  expressões artísticas, enfim nas transformações ocorridas. Este trabalho é um exemplo de possibilidade para a realização de políticas públicas eficazes para o sistema prisional brasileiro.

Biodata

  • Educadora, pesquisadora,  palestrante, instrutora de Ioga e facilitadora da metodologia de Pierre Weil.

  • Mestre em Ciências da Educação.

  • Especializações em Gestão da Educação, em Psicopedagogia, na Formação Holística Transdisciplinar e em Ioga.

  • Graduada em Administração de Empresas pela UFES.

  • Master practitioner em programação neurolinguística

  • Diretora da Unipaz Espírito Santo.

  • Membro da Associação de Professores e Praticantes de Ioga.

  • Membro do Colégio Internacional dos Terapeutas

Link
www.unipazes.org.br

Texto de suporte da apresentação
As condições sub-humanas encontradas nas prisões ao longo da história da humanidade e o descompromisso do Estado com os cidadãos que são colocados sob sua proteção têm causado indignação.

Apesar de o Brasil ser um país que procura minimizar os problemas sociais e a desigualdade, há grande demanda de violência urbana. Tal realidade leva à superlotação de presídios, onde pessoas são encarceradas, ficando em extrema situação de vulnerabilidade social. Embora se compreenda que a função social da pena seja a recuperação, os apenados ficam, na maioria das prisões, em ambientes que oferecem riscos de toda ordem, em razão da ineficácia ou inexistência de um trabalho ressocializador.

A realidade brasileira aponta situações calamitosas nas penitenciárias, com cadeias e presídios superlotados, muitos em situações degradantes, afetando toda a sociedade que recebe os indivíduos que saem desses locais em condições iguais quando lá entraram, ou até piores. Portanto, deve-se refletir sobre os direitos de todo cidadão. Mesmo aquele que tenha cometido algum delito deve ter um tratamento digno e respeitoso. Assim, cresce a importância de adoção de políticas que promovam, de forma efetiva, a recuperação do detento para um convívio social adequado, baseando-se no ordenamento jurídico, por meio da Lei de Execução Penal, abrangendo dois eixos: punição e ressocialização.

Entende-se que a prisão é fundamentada como ambiente transformador do indivíduo mediante disciplina exaustiva, de forma responsável, abrangendo treinamento físico, aptidões para o trabalho, comportamento e atitude moral, uma vez que o Estado tem um poder quase total sobre os apenados. Mas, em geral, a ressocialização ocorre por iniciativas de instituições sociais ou de pessoas físicas que realizam trabalhos nesses ambientes, por intermédio do voluntariado. Eles dedicam parte de seu tempo aos apenados, para propiciar momentos de reflexão por meio de visitas, durante as quais desenvolvem atividades diversas que contribuam para a cidadania deles.

Iniciado no mês de agosto de 1998, graças à abertura e ao auxílio de uma assistente social e da diretora do presídio, o primeiro trabalho realizado na Penitenciária Estadual Feminina de Tucum foi uma grande experiência: no início, povoada de muitos medos; no final, coroada com um profundo sentimento de amor por aquelas mulheres.

Portanto, este estudo volta-se para a pedagogia social ou educação social (não formal) em presídios, a fim de mostrar a necessidade de desenvolvimento de políticas públicas que contribuam para a emancipação das apenadas, enfatizando-se sua importância para a ressocialização, o trabalho, a paz e a cidadania.

Para encontrar respostas ao problema e objetivos definidos para esta pesquisa, o estudo foi distribuído em capítulos, nos quais se apresenta o posicionamento de diversos autores sobre o tema, seguido de apresentação e análise dos resultados alcançados com o Projeto Educação para a Paz, Cidadania e Direitos Humanos